Rapariga com feto
Devido á continuidade da lei da penalização do aborto, muitas mulheres continuavam a ser constituídas arguidas e neste ano sentaram-se no banco dos réus 7 mulheres envolvidas em abortos clandestinos. Levantou-se novamente o debate sobre o tema e a necessidade urgente de novo referendo e que se tornou tema de conversa publica.
Paula Rego retoma o assunto em forma de provocação e chamando à atenção para a quantidade de abortos que se continuavam a fazer clandestinamente. Este quadro representa uma figura feminina que olha de esguelha fugindo o confronto com o observador. A figura encontra-se sentada numa cadeira algo desconfortável e junto de um lavatório, o seu colo ainda é perceptível o cordão umbilical ligado a um elemento que se encontra no colo da mulher e que representa um feto. Este quadro transmite a falta de condições, a pobreza, a degradação e o sofrimento de alguém que toma uma decisão tão pessoal e interna.
Mais uma vez, Paula Rego, provoca o observador tornando-o cúmplice da discriminação que a mulher era alvo perante a decisão, muitas vezes dolorosa, de se confrontar com a necessidade de um aborto. Esta decisão seria dolorosa não só pela decisão em si, visto que muitas destas mulheres eram levadas e “obrigadas” a abortar pelos mais variados factores, mas também pela desumanização dos espaços, a frieza do ambiente e a falta de cuidados básicos de higiene destes locais onde é praticado o aborto clandestino.
Sendo uma necessidade de algumas mulheres, não será da responsabilidade da sociedade “criar” o mínimo de dignidade para essas mulheres? Não é preferível realizar um aborto do que compactuar com situações de carência, dificuldades económicas, dependências de substâncias ilícitas e até de maus tratos? São estas as questões colocadas ao observador que o obrigam a reflectir sobre um tema que preferimos ignorar.
Devido á continuidade da lei da penalização do aborto, muitas mulheres continuavam a ser constituídas arguidas e neste ano sentaram-se no banco dos réus 7 mulheres envolvidas em abortos clandestinos. Levantou-se novamente o debate sobre o tema e a necessidade urgente de novo referendo e que se tornou tema de conversa publica.
Paula Rego retoma o assunto em forma de provocação e chamando à atenção para a quantidade de abortos que se continuavam a fazer clandestinamente. Este quadro representa uma figura feminina que olha de esguelha fugindo o confronto com o observador. A figura encontra-se sentada numa cadeira algo desconfortável e junto de um lavatório, o seu colo ainda é perceptível o cordão umbilical ligado a um elemento que se encontra no colo da mulher e que representa um feto. Este quadro transmite a falta de condições, a pobreza, a degradação e o sofrimento de alguém que toma uma decisão tão pessoal e interna.
Mais uma vez, Paula Rego, provoca o observador tornando-o cúmplice da discriminação que a mulher era alvo perante a decisão, muitas vezes dolorosa, de se confrontar com a necessidade de um aborto. Esta decisão seria dolorosa não só pela decisão em si, visto que muitas destas mulheres eram levadas e “obrigadas” a abortar pelos mais variados factores, mas também pela desumanização dos espaços, a frieza do ambiente e a falta de cuidados básicos de higiene destes locais onde é praticado o aborto clandestino.
Sendo uma necessidade de algumas mulheres, não será da responsabilidade da sociedade “criar” o mínimo de dignidade para essas mulheres? Não é preferível realizar um aborto do que compactuar com situações de carência, dificuldades económicas, dependências de substâncias ilícitas e até de maus tratos? São estas as questões colocadas ao observador que o obrigam a reflectir sobre um tema que preferimos ignorar.
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